Na semana passada eu comecei a descrever o número 3 dentro de um sistema de numerologia de 18 símbolos (no post A Deterioração e sua Relação com o Número 3) e, conforme prometi, vou iniciar o detalhamento de como esta deterioração se desenvolveu em meu caminho de magia.
Eu
me encontrava novamente em um momento de “estaca 0” no que diz respeito
às realizações físicas e concretas (perceptíveis na realidade mundana, e
não somente na realidade invisível que diz respeito à magia). Eu havia
vivido um período de experiências novas, onde eu escrevi alguns ensaios
esotéricos, e conheci pessoas de um novo contexto, relacionado à
Bruxaria (descritos nos posts Sabedoria e Entendimento e também em O Número 2 e sua Relação com meus Primeiros Contatos com a Bruxaria).
Mas tudo aquilo havia passado e eu estava de volta à uma mesma rotina e
os problemas do cotidiano se tornavam cada vez mais a tônica do meu
dia-a-dia naquela época.
Então,
uma amiga bruxa me deu a ideia de experimentar o pêndulo de
radiestesia. Ela havia dito que um pêndulo de metal seria ideal porque
me pouparia do trabalho de “limpá-lo”, removendo vibrações anteriores,
por assim dizer. Hoje em dia eu sei que em caso nenhum esta limpeza é
necessária, a menos que se acredite que seja (é uma necessidade do
indivíduo, e não do pêndulo).
É
necessário dizer que um pêndulo nada mais é do que um peso ligado a um
pequeno cordão (e suspenso quando alguém segura o cordão). Normalmente
este cordão é metálico e o peso, em si, é um cristal com uma certa
simetria, mas também pode ser um peso de metal (igualmente com uma certa
simetria). Os pêndulos são comumente utilizados para obter respostas a
perguntas ou para avaliar as “vibrações” de algum objeto em questão,
dependendo de como gira o pêndulo, seja para a esquerda ou para a
direita (pois sendo um peso suspenso por um cordão, seu movimento mais
simples é girar quando sob um certo impulso), ou então dependendo para
qual direção ele aponta (quando se move sem girar, como que passando
sobre uma linha reta, sem deslocar-se para a esquerda, nem para a
direita).
Existe
muita fantasia sobre o pêndulo, supondo que ele de fato meça as
“vibrações” daquilo que se quer mensurar, mas o que ocorre mesmo é muito
mais simples. O sistema nervoso produz pequenas vibrações,
imperceptíveis conscientemente, que acabam se comunicando pela linha que
suspende o peso e gradualmente o faz mover-se, acelerando-o ou
desacelerando-o. Em outras palavras, a resposta é dada por aquele que
segura o pêndulo e não depende de fatores externos e sim, pura e
simplesmente, de quem o está segurando. É uma via de comunicação com o
inconsciente, que pode (ou não) responder de forma coerente com a
realidade.
Cabe
ressaltar que pode-se provocar um movimento no pêndulo concentrando-se
nesse movimento. Isto demanda uma certa dificuldade a princípio, mas vai
se tornando cada vez mais fácil. Alguns chamam este processo de
“programar o pêndulo”, mas verdadeiramente se trata de programar o
próprio sistema nervoso para que interaja com ele. Este é, na realidade,
o primeiro procedimento quando se adquire este objeto.
Porém
eu ainda não sabia de nenhum destes conceitos e segui o conselho de
minha amiga, adquirindo um pêndulo metálico porque eu acreditava que, se
não fosse metálico, eu necessitaria limpá-lo de suas vibrações
anteriores com uma certa frequência. Já com um pouco de prática eu
conseguia movimentá-lo e me sentia estupefato. Eu pensava, naquela
época, que aquela experiência era uma prova concreta do sobrenatural (o
que não era, conforme as explicações que já passei) mas, na realidade,
quase todo mundo que experimenta o pêndulo pela primeira vez tem essa
mesma reação.
Comecei
então a fazer medições (acreditando realmente que media algo externo a
mim) e a fazer perguntas do tipo “Sim/Não/Não posso responder”. Levou
pouco tempo para que eu criasse um esquema de letras estruturadas de
forma tal que o pêndulo acabasse apontando para as mesmas no final,
formando palavras e frases quando combinando as letras. Eu testei este
esquema e, para minha surpresa, funcionou depois de algumas tentativas
(tudo, no que diz respeito ao pêndulo, se resume a preparar seu próprio
sistema nervoso). Eu tinha um canal, então, com meu próprio
inconsciente, mas eu não sabia disso. Eu estava apenas tentando me
comunicar com alguma coisa que não sabia o que era. Era um tipo de
brincadeira, por assim dizer, mas que me levaria a uma experiência bem
séria.
É
típico como que em magia frequentemente experimentamos coisas que não
compreendemos totalmente, e como que isso pode nos causar experiências
desagradáveis. Porém a iniciação com o Santo Anjo Guardião (confira meu
post Falando de Minha Própria Iniciação na Magia)
nos orienta e nos protege de nos “ferirmos” além de um ponto que não
possamos lidar. No entanto, sem esta iniciação, somos frágeis demais.
Esta é a iniciação mais importante, mas há outras, sendo algumas com um
sentido mais específico com relação à proteção, sobre as quais eu irei
comentar quando for apropriado dentro de uma cronologia.
No
próximo post, eu vou começar a expor a respeito de como foi este
contato que realizei utilizando o pêndulo. Para quem deseja ver outros
posts relacionados à numerologia (este atual inicia a descrição do
número 3 em meu próprio caminho de magia), fica aqui este link.
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