segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Uma Bruxinha e seus Livros

Já há um tempo eu venho falando aqui sobre a Goécia, conhecida como a arte de se entrar em contato com “demônios internos”, mas tenho procurado demonstrar que o termo “demônio” é apenas um estereótipo e, como tal, é só uma forma de se discriminar toda uma pluralidade oculta no inconsciente (veja o post Porque Escolhi o Caminho da Mão Esquerda).

É óbvio, portanto, que nem todas as imagens que surgem do inconsciente (dentro desse processo) são demoníacas. Afinal, não é apenas porque rotulamos algo que a experiência real deve se adequar a este rótulo. É o que aconteceu em um sonho que eu tive durante o período em que vivi minha imersão inicial na Goécia, quando vi-me diante de uma bruxa (muito simpática, por sinal) que propunha ensinar-me sobre magia.

Eu acredito que seja um padrão nestas experiências que algo sempre seja oferecido, e talvez seja por isso que pessoas mal intencionadas são atraídas para este caminho (na ânsia de obter coisas). No caso, o que estava sendo ofertado era o conhecimento, e eu o aceitei de bom grado. A bruxa simpática tinha em suas mãos diversos livros, e até mesmo alguns que eu já havia lido.

Estranho repensar um sonho que tive há tanto tempo. Penso principalmente em um livro que vi em suas mãos (Autobiografia de uma Feiticeira, de Lois Bourne) e que já conhecia. Na época em que o li, eu o considerei um tanto questionável, na verdade. Ele reportou alguns fatos que julguei um tanto mágicos demais, forçando um pouco contra a percepção do que se considera normal. Mas hoje em dia eu não sei mais o que pensar sobre o livro, afinal já se passaram treze anos que eu o li. Minha mente se abriu bastante desde aquela época e, se eu o reler, pode ser que eu me surpreenda.

Decidi. Vou relê-lo. Quem sabe eu descubra algo a mais sobre o real significado que aquele encontro com a bruxinha teve em minha vida?

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