sábado, 25 de maio de 2013

Percebendo as Diversas Relações Dentro de Si

No post anterior (Compreendendo o número 1 no Sistema de Numerologia de 18 Símbolos), eu demonstrei uma forma de calcular o número ressonante à uma data de nascimento utilizando o sistema de 18 símbolos, com a ressalva de que este número diz respeito ao ego na personalidade humana (aquela parte de nós que se relaciona com nossas atitudes e pensamentos mais frequentes), e não ao ser humano como um todo. Há outros aspectos da personalidade que podem ser (ou não) harmoniosos com o ego. Vou expor alguns destes aqui, utilizando a astrologia:

* o ego em si, definindo a forma de pensar e agir de uma pessoa - na astrologia, diz respeito ao Sol;
* os laços emotivos em geral, incluindo os laços de amizade - a Lua;
* o uso da razão, e portanto também a sua capacidade de aprendizado - Mercúrio;
* a capacidade de amar e admirar. A “química” amorosa entre duas pessoas, porém também a capacidade de admiração desinteressada por alguém (verdadeiramente platônica) - Vênus.
* a habilidade de se impor: o uso de sua agressividade (não é necessariamente algo negativo pois sempre há momentos em que precisamos nos impor) - Marte;
* o poder de sentir-se estimulado e motivado - Júpiter;
* o poder de contribuir com seu trabalho, em sua profissão - Saturno;
* o poder de dar sentido à sua própria vida (sentido este que sempre é transcendente à lógica comum) - Urano;
* o poder de mudar os rumos de sua própria vida, quebrando planos pré-definidos e seguindo caminhos não-lineares - Netuno;
* as necessidades e aquilo que lhe satisfaz - Plutão.

Cada planeta diz respeito, portanto, a um aspecto específico de sua própria personalidade, sendo, o ego, o seu centro (o Sol). É óbvio que esta é uma lista ultra-simplificada, e até mesmo questionável, mas existe uma vantagem no fato dela ser assim: é que, com o passar do tempo, você vai poder analisá-la e acrescentar seus próprios detalhes, refinando-a, e poderá definir também o que cada um destes termos significa em sua própria vida.

O exercício que vou propor é, ao mesmo tempo, numerológico e astrológico. No post Verificando Afinidades Entre as Pessoas Através da Numerologia, eu demonstrei que existem relações harmoniosas entre os números quando considerados de três em três. Ou seja: [1, 4, 7, 10, 13 e 16] são ressonantes entre si e, da mesma forma, [2, 5, 8, 11, 14 e 17] têm também ressonância entre si e, igualmente [3, 6, 9, 12, 15 e 18] têm o mesmo tipo de ressonância. Quando pensamos nos anos (tais como 2010, 2011, 2012, 2013, etc), devemos considerar que estes também possuem uma influência numerológica e, a cada três anos, esta influência apresenta semelhanças (embora não sejam influências idênticas).

Podemos afirmar, então, que o ano de 2013 é ressonante com 2010, com 2007, com 2004 e com outros anteriores, sempre variando de três em três. E também podemos dizer que 2012 é ressonante com 2009, com 2006, com 2003 e outros que se passaram, de acordo com o padrão de três em três anos. E, é claro, podemos dizer que 2011 é ressonante com 2008, e com 2005, e com 2002, e outros anteriores variando de três em três.

Tomemos, por exemplo, o ano de 2012. Como foi em relação às amizades? Foi um ano bom ou não? Como este ano foi no amor? Como foi no uso de sua agressividade? Como foi em relação à sua motivação? E em relação ao trabalho? E às suas necessidades?
Se você verificar a influência de 2009 (que é ressonante com 2012) verá que há uma certa semelhança na qualidade de cada um dos aspectos simbolizados pelos planetas em sua vida (e também em 2006, 2003, etc).
Com este exercício você poderá aprender até mesmo sobre aspectos mais sutis, como sua capacidade de raciocinar e aprender, sobre o sentido de sua própria vida, e sobre sua capacidade de mudar os rumos que definiu para si.

E talvez consiga separar todos estes aspectos, distinguindo-os de seu próprio ego, conseguindo compreender quem é este ego à parte de tudo isso. Normalmente é difícil realizar esta tarefa. Comumente há setores de nossas vidas com os quais nos identificamos (o trabalho, as amizades, e o amor, por exemplo) e que acabamos acreditando que somos estes setores, quando na realidade eles se relacionam conosco. Na verdade não somos o ego: somos todos estes aspectos e muito mais. Porém, uma forma de começar a aprender sobre si mesmo principia pelo entendimento destas estruturas que existem dentro de nós e que se manifestam externamente.

Utilizando o ano de 2012 como referência (e comparando com 2009, 2006, 2003, etc), realize o exercício descrito acima. Procure escrever o que descobrir.
Faça o mesmo também utilizando o ano de 2011 como referência (e comparando com 2008, 2005, 2002, etc) para perceber outro padrão de influências.
E faça o mesmo com 2010, 2007, 2004, etc. Assim poderá realizar uma previsão para 2013.

Os aspectos que forem influenciados positivamente de forma simultânea (ou negativamente de forma simultânea)  são relacionados e se harmonizam. Já a situação de um aspecto que é influenciado positivamente enquanto outro é influenciado de forma negativa, revela aspectos dissonantes entre si.  Também haverá situações em que você perceberá que o início de um estimúlo positivo (ou negativo) não ocorre exatamente no começo do ano. Com esta informação você saberá em que período do ano uma transição ocorre.

No entanto, é preciso ter alguns cuidados. Cada ano tem seu estímulo, mas os resultados dependem de sua resposta a estes estímulos. Se você perceber que não há respostas positivas em algum setor de sua vida (em todos os anos que tenha verificado), isso significa que é um setor reprimido ou que apresenta grandes dificuldades de expressão. Por outro lado, se você perceber um padrão que considere negativo e conseguir prevê-lo, você pode se precaver no sentido de amenizá-lo.

Este não é um exercício fácil mas pode contribuir muito para o conhecimento de si próprio e, ao mesmo tempo, proporcionar um melhor entendimento sobre o efeito cíclico da passagem dos anos nos diversos aspectos de sua vida. Rever os anos vividos pode parecer difícil mas é uma prática essencial para amadurecer o conhecimento na numerologia e na astrologia pois, em ambos os casos, aprende-se muito quando se é capaz de ter a si mesmo como referência.

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