sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Uma Esfera de Consciência Mais Ampla

Muitas vezes em meus posts eu tenho feito referências a sonhos com conotações mágicas. Estes relatos podem soar um tanto estranhos para quem os lê, afinal frequentemente a magia é associada a rituais elaborados, e não a sonhos. Pessoalmente eu devo dizer que não procurei desenvolver-me na aplicação de ritos documentados e publicamente reconhecidos. Na verdade, com o tempo, acabei criando minhas próprias técnicas.

O termo “sonho” talvez se tornasse mais elegante se eu o substituísse por algo mais específico, como projeção ou viagem astral. Mas eu nunca consegui realizar uma projeção consciente e, justamente por isso, eu reluto em utilizar estes termos (embora ainda possam ser considerados verdadeiros). Assim, é como sonhos que qualifico as experiências que venho citando. A vantagem de utilizar esta expressão é que trata-se de uma referência mais comum para o leitor em geral, podendo ajudá-lo em uma eventual comparação com sua própria experiência.

Ressalto que passou-se muito tempo até que eu começasse a diversificar os meios para a realização de operações mágicas. Na realidade eu experimentei muito poucos, e adotei uma quantidade menor ainda para o uso corrente. Eu vou abordá-los gradualmente, dentro de uma cronologia específica na história pessoal que venho contando. Desse modo, vou prosseguir ainda por um período razoável escrevendo a respeito de sonhos.

No post anterior eu havia mencionado que começaria a descrever acontecimentos em aspectos profissionais que se manifestaram na minha vida, tudo isso ao mesmo tempo em que transformações na vida afetiva também estavam ocorrendo (veja o post Primeiros Passos no Amor para saber mais a este respeito). Mas o que têm os sonhos a ver com transformações na vida profissional?

A resposta é que um tipo de sonho muito específico ocorreu neste período que estou narrando (um sonho que tinha a ver com o futuro). Na realidade, eu já escrevi alguns comentários a este respeito na primeira parte de meu blog (no post Reflexões Sobre o Tempo) e agora eu pretendo acrescentar alguns insights a mais sobre este assunto. Digamos que é um conceito que preciso passar agora para que seja possível o entendimento de fatos objetivos que se seguirão. Ou seja, é preciso explicar a causa para que se possa compreender o efeito que segue à esta causa.

O que pretendo expor é talvez uma quebra de paradígmas para muitas pessoas. O fato é que costuma-se acreditar que nós (a humanidade) somos responsáveis pelas grandes transformações no mundo. Explico: os políticos acreditam que detêm o poder sobre a vida das pessoas e sobre o destino das nações. Igualmente, os líderes religiosos tendem a nutrir este tipo de imagem a respeito de si mesmos. Já em relação às pessoas comuns, muitos agem de forma irrefletida enquanto outros são extremamente conscientes a respeito das implicações da ação do ser humano no planeta Terra (seja diretamente na qualidade de vida das pessoas, ou então no que diz respeito ao impacto causado na natureza como um todo). E, é claro, existem aqueles que, comparando-se com outras pessoas, acreditam possuir maior importância, mesmo quando este julgamento é baseado em uma mera questão de diferença de status. Tudo isso parece ser uma mistura caótica, mas a insuspeita verdade é que tudo segue um plano bem elaborado.

Pessoalmente eu só comecei a compreender isso a partir de experiências que tive em sonhos e que, meses ou anos depois, se tornaram reais (detalhe por detalhe concretizado na realidade física). Eram experiências que inclusive envolviam outras pessoas (que apareciam nestes sonhos, sendo que algumas eu desconhecia) e que, quando se concretizavam, traziam à minha mente a recordação do sonho. Nas primeiras vezes em que isto aconteceu, durante o sonho, eu eventualmente descobria que não era uma experiência real (ou melhor dizendo, não era física) mas algo me atraía naquilo que eu havia experimentado. Então eu me expressava afirmando que realmente gostaria que aquela experiência tivesse ocorrido de fato. A minha expressão era como uma confirmação (uma aceitação daqueles eventos que haviam sido percebidos).

Por um tempo eu me questionei se eu realmente tinha estes sonhos, ou se simplesmente tinha a impressão de ter sonhado. Eu só vim ter certeza deste tipo de experiência quando ocorreram algumas situações em que eu era capaz de antecipar o futuro em alguns segundos (ou até mesmo minutos) pelo fato da lembrança do sonho ser revelada à minha mente pouco antes que os fatos se completassem na realidade física. Eu soube, então, que não se tratava de mera impressão.

No entanto, em alguns destes sonhos eu reagia com repulsa (quando estes me pareciam mais pesadelos do que sonhos) e foi justamente nestas situações que aconteceu algo intrigante: outros dialogavam comigo, dentro dos sonhos, sem que eu pudesse ver suas faces. Estes me acalmavam, dizendo-me que aquelas possibilidades podiam ser alteradas e que eu não precisava me preocupar com relação às mesmas.

Ocorre que normalmente não conhecemos os objetivos traçados além do aparente caos mundano, porém existem consciências que os organizam e, de vez em quando, podemos realizar contatos com esta esfera mais ampla de percepção. Foi percebendo estes diálogos que passei a compreender que há sempre metas definidas em meio à realidade que nos parece sem sentido. Estes contatos vieram acontecendo comigo desde 1994 (aproximadamente, pois não me recordo exatamente quando começaram), bem antes de eu me decidir pelo caminho na magia. Isso me faz pensar na possibilidade de ter sido orientado para esse caminho, mesmo quando sequer imaginava segui-lo.

Uma questão: porque é necessário esquecer o sonho? O que ocorre é que esta esfera mais ampla de percepção e consciência só pode atingir um objetivo específico se concentrar-se nele constantemente até que o resultado almejado ocorra. Ou seja, esta esfera precisa realizar algum esforço e trabalho. Porém este trabalho cessa sempre que a lembrança do sonho se revela a quem o sonhou (isto é algo que só compreendi há pouco tempo). No exato instante da lembrança, o esforço e trabalho referentes ao objetivo em questão são encerrados.

No caso de uma lembrança antecipada, a partir do momento em que ocorre, pode existir até uma inércia que leve à concretização do sonho, mas não há um esforço ativo para este fim. Na verdade, a antecipação é uma das maneiras que esta esfera de consciência utiliza para modificar a conclusão inicial dos fatos (no caso, por exemplo, em que o que o sonho propôs é algo desagradável, causando a recusa de quem o sonhou). Como regra, quanto mais antecipada for a lembrança em relação à concretização dos fatos, menor a probabilidade de que aconteçam.

Uma outra forma de se interpretar os momentos em que ocorrem estas lembranças é definindo-os como transições. Afinal os instantes exatos em que os objetivos deixam de existir podem ser considerados como estágios completados. É interessante anotar as datas destes momentos e procurar identificar que mudanças ocorreram em seus intervalos. Curiosamente, há um mês atrás, eu tive uma destas lembranças de sonho, mas o que se concretizou foi bem diferente da conclusão que havia acontecido no sonho (a revelação foi bem antecipada). A partir daí algumas mudanças começaram a ocorrer na minha vida, mas eu ainda não sei avaliá-las porque são muito recentes. Obviamente eu não tenho ideia de qual é o próximo objetivo a atingir e só o saberei quando me lembrar do próximo sonho. Nem mesmo sei se já sonhei sobre este novo objetivo.

Enfim, dados estes conceitos, vou deixar a continuação para o próximo post, no qual irei descrever o sonho que teve impacto em minha vida profissional (ao que me referi no começo do post atual) e também descreverei algumas de suas consequências. Há também outros sonhos deste tipo que igualmente tiveram impactos profissionalmente, mas sobre estes vou falar no devido tempo.

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